terça-feira, 5 de outubro de 2010

Importante: Pré-Sal exigirá revolução na Logística da Petrobras




A exploração e produção de petróleo no pré-sal vão exigir uma revolução logística da Petrobras começando pelo fato de que os poços a serem explorados estão localizados a até 300 quilômetros da costa, o dobro da distância dos poços da Bacia de Campos. Por isso, serão necessários investimentos pesados em infraestrutura para que a operação no mar tenha a maior autonomia possível.

Será no sistema de transporte de passageiros – os trabalhadores das plataformas, principalmente – que a Petrobras prepara a grande novidade logística para o pré-sal. Atualmente, apenas na Bacia de Campos, a empresa transporta 10 mil passageiros por mês (ou 20 mil, contando ida e volta). Nas regiões Sul e Sudeste, o transporte chega a quase 60 mil passageiros por mês, em média. A ampliação e construção de novas bases aeroportuárias já estão nos planos. No entanto, para o pré-sal está sendo planejado também um ponto de interconexão em pleno mar.

Para o transporte barateado, a estratégia é criar unidades marítimas que servirão como estações intermediárias, conforme informação do gerente-geral de serviços de transporte e armazenagem Ricardo Albuquerque. Esse local será onde os trabalhadores chegarão por meio de uma lancha muito rápida para, de lá, embarcarem em helicópteros de médio porte rumo a seu destino final. A estrutura flutuante, com nome técnico de “Gangway”, é conhecida por funcionários da estatal de “ilha artificial”.

“Estamos diante de circunstâncias totalmente diferentes das conhecidas”, diz Albuquerque. Como os campos são gigantes e distantes, exigem um planejamento distinto. Além do transporte dos funcionários, outra questão fundamental é a distribuição de produtos essenciais ao funcionamento dos equipamentos de perfuração e exploração de petróleo, notadamente óleo diesel e fluidos químicos.

No caso da distribuição de diesel às plataformas, a intenção é adaptar um sistema que foi criado especificamente para a Bacia de Campos. Atualmente, navios-tanque ficam ancorados em zonas próxima às plataformas, fornecendo o combustível necessário a cada unidade, explica Albuquerque.




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